Não se pode dizer
que a arte grega tenha desaparecido com o advento do Império Romano. A arte romana
era, essencialmente, a arte grega temperada com elementos etruscos —
e os etruscos, por sua vez, foram também intensamente influenciados pelos
gregos durante o Período Arcaico.
A arte de Roma, naturalmente, tinha
características e tradições próprias, como por exemplo o gosto por retratos
fiéis e as obras comemorativas realistas. Desde os últimos séculos
do Período Helenístico, porém, a expressão artística sempre se pautou por
modelos gregos clássicos. Foi um verdadeiro "casamento" entre o gosto
romano e a habilidade grega.
Durante o Império,
romanos de posses continuaram a contratar artistas gregos para decorar suas
suntuosas residências. O governo romano, igualmente, tornou-se também
um grande patrocinador de arte e financiou, além da criação de novas
cidades, templos, monumentos e esculturas para a glorificação
dos imperadores.
O declínio do
império, a partir do século III, foi acompanhado pelo declínio da tradição
clássica e o crescente prestígio do cristianismo, em detrimento do paganismo,
trouxe novos temas à arte greco-romana. Mesmo assim,
a arte grega não desapareceu: as mais antigas imagens de Jesus
Cristo, por exemplo, seguiam fielmente o estilo greco-romano "pagão"
e mostravam-no jovem e sem barba.
Do século IV em
diante, com o estabelecimento do Império Romano do Oriente, a arquitetura e o
mosaico, especialmente, tiveram grande impulso. Novas influências orientais
vieram então se unir aos elementos gregos, romanos e cristãos dos séculos
anteriores e moldar o estilo bizantino primitivo, característico
dos séculos V e VI.
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